Aprendemos desde cedo a nos entender de forma individual. Construímos o nosso EU. Em seguida, tomamos posse daquilo que gostamos e nos identificamos: MEU. E passamos a atribuir juízos de valor: GOSTO e NÃO GOSTO.
Quando nos deparamos com situações que nos tiram de perto aquilo que gostamos, os nossos apegos, passamos a sofrer.
Da mesma forma, se somos obrigados a nos aproximar do que não gostamos, do que nos causa aversão, entramos em sofrimento.
Nos apegamos a pessoas e coisas, a lugares, comidas, modo de vida. E da mesma forma repelimos essas coisas quando elas não estão alinhadas com os nossos afetos.
Na verdade, estamos projetando nossa felicidade e nosso bem-estar em algo que é externo, que nos escapa, que não podemos controlar. Perder o que amamos pode ser tão difícil quanto conviver com o que odiamos. E nisso reside o sofrimento.
Mas existe um caminho. E o ponto de partida é reconhecer quais são seus apegos e aversões. Pare por um momento e reflita:
O que te traz sofrimento só de pensar em perder?
Com o que você detestaria ter de conviver?
Para transitar entre essas duas situações sem sofrer é fundamental compreender a impermanência da vida. Seus apegos e aversões não irão durar para sempre. Um dia terão fim.
Ao desenvolver essa consciência, como você se sente: motivado ou desesperado?
Precisamos desenvolver em nós a capacidade de encontrar a felicidade que é intrínsceca a todos os seres. É a partir dessa descoberta que deixaremos de sofrer.