Vida e morte são temas inseparáveis. Para que a vida tenha sentido e seja vivida em sua plenitude, precisamos compreender sua impermanência.
Aceitar a finitude nos faz viver com mais presença. Porém, nossa cultura tem um conflito com a morte, que está sempre associada ao desespero, medo, sofrimento e vazio. Isso acontece porque não compreendemos o que significa morrer.
Em outras culturas, como o hinduísmo e o budismo, aprendemos que a passagem para o estado desencarnado pode ser um momento libertador, de paz e alívio.
Na Bhagavadgītā, o livro mais sagrado do Yoga, o deus Krsna ensina para o guerreiro Arjuna que “o homem verdadeiramente sábio não tem lágrimas, nem para os vivos, nem para os mortos”.
Isso porque, a rigor, ninguém pode morrer. O que morre é o corpo, não o Ser.